sábado, 30 de janeiro de 2010

mulher


como pode o corpo de uma mulher ser a maior das tentações deitadas ao mundo...
na sua simplicidade...inocência (?)...provocação (?)...

tesão que arde sem se consumir

corpos


retiro do teu corpo o meu corpo
gasto de tanto amar

o meu corpo cego e desarrumado
de que junto os pedaços espalhados em ti

corpo em reconstrução
deitado à sombra do teu olhar

sangue


misturo o meu sangue no teu,
pétalas vermelhas encharcadas
pelos mares que se agitam e
desfazem nos nossos continentes

perfumes libertados em
gotas de orgasmos multiplicados
e que salpicam os corpos
naufragados na praia

evasões


oiço a tua voz
enlouquecida de palavras
dentro das quatro
paredes da minha pele
a voz que foge
as palavras que caem
a pele que já não é minha
vestígios de uma
evasão a dois