quarta-feira, 24 de junho de 2009

desejo


Meu desejo
não tem nome,
escravo que é do desejo.
Meu desejo
pinta-se em olhares
de mar e
em sorrisos de Verão.
Ou em folhas avermelhadas
pelo Outono.
Meu desejo crepita
nas lareiras acesas
que reflectem os
contorcionismos
dos corpos que se
amam ao seu ritmo.
Meu desejo é
perdido, é fodido
por todos os
desejos que há no
mundo.
Meu desejo é
feito nos beijos
que não dei,
nos corpos que não amei,
nas palavras que não disse.
Meu desejo é perder-me
em qualquer desejo...
negro, mulato, loiro, asiático.
Meu desejo não tem
passaporte,
não reconhece fronteiras,
não paga imposto.
Meu desejo é perdição…
minha.

3 comentários:

  1. dulce perdición, mi deseo es también universal, hoy un amor, mañana otro, sin límite

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  2. Desejo infinito de satisfazer o desejo que não acaba...

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  3. em permenente desejo os desejos orquestrados em cada tecla de piano que se grava no teu corpo

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